Foto: Divulgação Cada um deles tem pouco mais de 10 centímetros de comprimento, mas possui enorme importância dentro do corpo humano. E, por um capricho da natureza, ainda são dois. Os rins são imprescindíveis para a filtragem das toxinas do sangue e, assim, manter a saúde do organismo.
Muitas pessoas, por algum motivo, precisam extrair um rim e conseguem sobreviver. Para estes e mesmo para os "privilegiados" que possuem os dois órgãos intactos, a recomendação é tratá-los com muito cuidado. Uma orientação que merece atenção redobrada hoje, quando se comemora o Dia Mundial do Rim.
"De um dia para outro, a pessoa pode descobrir que tem insuficiência renal e precisar começar a fazer hemodiálise, às vezes, por toda a vida, porque os rins perderam a função. Não é algo raro de acontecer entre pacientes que não cuidam da saúde", explica o nefrologista Leonardo Garnica, salientando que, em muitos casos, o órgão pode não dar sinais de que está com problemas.
O especialista explica que os seres humanos possuem dois rins por mera questão evolutiva entre os mamíferos. Em condições normais, ambos funcionam com 100% da capacidade, dividindo a carga de trabalho em dois.
Mas, quando há necessidade de retirada de um deles, a chamada nefrectomia, mais um fenômeno da evolução humana acontece. "Num primeiro momento, o rim remanescente fica sobrecarregado. Mas, após este período de adaptação, ele aumenta de tamanho para dar conta deste trabalho dobrado", pontua o médico, salientando que o organismo depende, em média, da filtragem de 170 litros de sangue por dia.
Contudo, com o passar dos anos, mesmo quando o indivíduo conta com dois rins, a tendência é de que o órgão comece, aos poucos, a perder potência. "Há um desgaste natural provocado pelo tempo. Mas as doenças podem surgir mais cedo se a pessoa for hipertensa, diabética e tiver colesterol alto. Algumas patologias podem ser provocadas por um fator genético, mas elas são uma parcela muito pequena dentro do todo", observa.
A má alimentação, o sedentarismo, o tabagismo e o uso de medicamentos sem prescrição médica também podem contribuir para sobrecarregar os rins e antecipar os efeitos do seu mau funcionamento. Entre primeiros sintomas que aparecem, Garnica diz, estão o inchaço, mal estar, perda de apetite, náuseas, fadiga e aumento de pressão arterial. Nos casos mais avançados, podem ocorrer infecções, cálculos e até insuficiência renal crônica, que leva à necessidade de diálise.
Para reduzir a agressão aos órgãos, é preciso adotar de uma dieta pobre em sal. "Poucos se dão conta, mas 75% do sal que consumimos estão escondidos nos alimentos prontos, como produtos em conserva, queijos, presuntos e outros embutidos. É importante prestar muita atenção no rótulo das embalagens e substituir o sal na preparação dos alimentos por outros temperos naturais", ensina a nutricionista Simone Tonelli Grassi.
Também é recomendável evitar alimentos industrializados e adotar atividades físicas. "E ingerir entre dois e três litros de água por dia. Quem realiza mais esforço físico e transpira muito precisa consumir mais e quem tem uma demanda hídrica menor pode ingerir menos", completa.
Você sabia?
Diálise é o nome genérico dado a qualquer procedimento para remoção das substâncias tóxicas que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar bem. Na hemodiálise, um equipamento específico filtra o sangue e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas. Já a diálise peritoneal pode ser realizada pelo próprio paciente, em casa.
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