Foto: Divulgação A Região Administrativa de Bauru está em 7º lugar dentre as 16 regiões paulistas pesquisadas pelo Ranking de Presença Feminina no Parlamento 2017, feito pelo Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI), com lançamento marcado para esta quinta-feira (30), em São Paulo. O estudo quantifica a participação da mulher no Legislativo de 1990 a 2017.
A região de Bauru, que possui 39 municípios e uma população de pouco mais de 1 milhão de habitantes, elegeu 65 mulheres na última eleição municipal (2016).
De acordo com o Ranking, 94,9% (1.210) das mulheres que se candidataram à vereança na região não foram eleitas, sendo que 31% tiveram menos de 10 votos.
Em Bauru, foram eleitas três mulheres para a Câmara Municipal: Chiara Ranieri (DEM), Telma Gobbi (SD) e Yasmin Nascimento (PSC).
A pesquisa mostra que 5,69 mulheres foram eleitas a cada 100 mil habitantes (42% acima da média do Estado). A média é de 1,67 mulheres eleitas por município (39% acima da média estadual). 1.274 foram candidatas nos 39 municípios.
As mulheres representaram 98.403 votos válidos na região, mas 94,9% das que se candidataram não foram eleitas. O total é de 65 eleitas, o que corresponde a 5,1% mulheres eleitas (37% acima do percentual médio apresentado no Estado, que é de 3,7%).
Para Marlene Campos Machado, estudiosa da participação feminina na política e diretora-executiva do PMI, "o sistema político como um todo precisa passar por uma reforma estrutural que favoreça, em geral, a inserção novas lideranças, qualificadas e vocacionadas ao serviço público. A região de Bauru é desigual nesse sentido. Os municípios de Pongaí, Uru, Sabino e Cabrália, por exemplo, estão bem acima da média proporcional do Estado, com mais de 69 eleitas para cada 100 mil habitantes, mas cidades como Ubirajara, Itaju, Lucianópolis, Guarantã e outras mais com nenhuma eleita acabam derrubando a média da região".
Ativista da causa feminina há 20 anos, Marlene também coordena todos os partidos políticos na Campanha Nacional Por Mais Mulheres na Política, que resultou na PEC 98/2015, aprovada em primeira instância no Senado Federal. "Acredito que quanto mais debatermos e falarmos a respeito da importância do aumento da participação feminina na política, mais a sociedade vai se conscientizar de que todos têm a ganhar com isso. O País tem muito a ganhar com o aumento da presença feminina nos espaços de poder e em funções públicas, porque, além de serem maioria da população, as mulheres, em geral, têm uma sensibilidade diferencial que está fortemente associada à vocação para áreas sociais", finaliza.
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