Depois de mais de 13 horas, o Tribunal do Júri de Bauru condenou Bruno Miziara de Abreu, 27 anos, por homicídio culposo, pela morte de Orlando Oliveira Araújo, de apenas seis meses de idade. Orlando era filho da então namorada do réu e morreu por asfixia mecânica, segundo Abreu, por ter se enrolado no cobertor enquanto dormia.
No momento do fato, apenas o bebê e o padrasto estavam na casa. Os jurados entenderam, contudo, que Abreu não teve intenção de matar a criança, mas agiu com negligência nos cuidados com Orlando e, por isso, foi condenado a dois anos em regime aberto.
Ao final do julgamento, foi expedido alvará de soltura e o réu deixou o Fórum já em liberdade. Desde o dia 16 de março do ano passado, Abreu estava preso na Penitenciária de Tremembé.
Como este período de encarceramento é considerado para o cumprimento da pena, restará, agora, apenas mais quatro meses de condenação, que será cumprida em regime aberto, com algumas restrições, como não se ausentar da comarca sem autorização. Abreu era réu primário e não possuía antecedentes criminais.
O promotor Alex Ravanini Gomes, que defendia condenação por homicídio doloso triplamente qualificado (por motivo torpe, uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima e asfixia), antecipou que irá recorrer da decisão.
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