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'MPF' cobra a entrega de plano de resgate de vítimas de naufrágio
Bocainense de 43 anos, que mora em Agudos, está entre os desaparecidos no acidente, que ocorreu no último dia 2 no Rio Amazonas, no Pará
Colisão entre embarcações no rio Amazonas deixou 9 tripulantes de um empurrador desaparecidos
Em reunião realizada nesta quarta-feira, 23, o Ministério Público Federal do Pará deu prazo até 28 de agosto para que seja apresentado um plano de salvatagem (reflutuação) do empurrador que naufragou no último dia 2, no rio Amazonas, deixando nove tripulantes desaparecidos, entre eles um bocainense de 43 anos, morador de Agudos.
A empresa que fará o estudo foi indicada por familiares das vítimas. Até lá, ficou decidido que associação de seguros do setor marítimo fará um levantamento das condições do rio no local do acidente para evitar problemas durante o resgate. A reportagem apurou que os dados serão analisados pela Marinha, que irá se posicionar sobre a viabilidade da operação.
O acidente envolvendo um empurrador de balsas da empresa Transportes Bertolini que transportava milho para Santarém e o navio Mercosul Santos, que levava containers do Porto de Suape (Pernambuco) para Manaus, ocorreu em uma área próxima ao município de Óbidos, no oeste paraense.
Por razões a serem esclarecidas, as duas embarcações colidiram e o empurrador naufragou com 11 tripulantes. Dois deles conseguiram se salvar, mas os outros nove permanecem desaparecidos. Entre as vítimas, está Carlos Bueno de Souza, de 43 anos, que é natural de Bocaina, mas morava com a família em Agudos.
Formado como mestre fluvial na Fatec de Jaú e atuante há quatro anos na Marinha Mercante, Souza trabalhava na empresa Bertolini Transportes Ltda., proprietária do rebocador, e, há três anos, prestava serviço em Santarém, no Pará.
A família dele, que realizou recentemente um protesto em Bocaina, reclama da demora no trabalho de resgate e da falta de informações oficiais. "Ali existe um corpo que tem família e tem uma história", desabafou a irmã de Souza, Kélida de Souza.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades pelo acidente que resultou no naufrágio. A Capitania dos Portos de Santarém também investiga o caso. Além disso, o MPF e o Ministério Público (MP) estão atuando em conjunto para apurar eventuais crimes ou omissões que possam ter contribuído para o naufrágio.

O trabalho, que conta com reuniões frequentes entre as partes envolvidas, também tem como objetivos acompanhar a atuação dos órgãos públicos responsáveis pela segurança do transporte fluvial na região e verificar a apresentação, pelas empresas responsáveis, do plano de salvatagem (reflutuação) do rebocador afundado.

Notícia Postada em 24/08/2017 às 17:02:51 por: Jornalismo Rádio Regência FM






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