Por unanimidade, a Câmara de Birigui aprovou na sessão da última semana, a criação de 18 cargos comissionados na estrutura administrativa do Legislativo. O projeto foi protocolado no mesmo dia e entrou em pauta em regime de urgência. Foram criados 17 cargos de assessor de relações parlamentares, cujos salário serão de R$ 4.518,74, e um de chefe de gabinete da Presidência com remuneração de R$ 5.907,08.
O valor da remuneração do chefe de gabinete da Presidência será maior do que o dos próprios vereadores, que têm vencimentos de R$ 5.609,00, a mesma quantia que recebe o vice-prefeito, Carlito Vendrame do ‘PTN’, e os secretários municipais. No total, as novas funções vão custar à Casa R$ 82.725,66 por mês e R$ 992.707,92 por ano.
A proposta segue agora para o prefeito Cristiano Salmeirão do ‘PTB’, que pode sancioná-la ou vetá-la. Neste último caso, o projeto voltaria à Câmara, que decidiria sobre a manutenção ou não do veto.
O chefe do Executivo disse que ainda não havia recebido o projeto para sanção e que precisava avaliá-lo antes de tomar uma decisão. Porém, o petebista comentou que entende que os vereadores têm direito a um assessor. "Eu tive assessor por 12 anos. Não vou cuspir no prato que comi", disse Salmeirão.
Defesa
Tanto vereadores veteranos, como novatos, assim como os da oposição e situação, defenderam a criação de cargos de assessor parlamentar. O líder da bancada da oposição, José Fermino Grosso do ‘DEM’, afirmou que não vê nenhum problema na existência dessas funções comissionadas, desde que os funcionários trabalhem.
O vereador Fabiano Amadeu do ‘PPS’, que foi autor de diversas mobilizações políticas antes de ser eleito, como um abaixo-assinado contra projeto que dobrava o salário dos vereadores no ano passado, também assinalou que o assessor é importante para auxiliar o trabalho do parlamentar.
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