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Perto das férias, Bauru registra prisão inédita por venda de cerol
Polícia Civil flagrou a venda para uma criança ontem e fechará o cerco contra a prática
 Foto: Divulgação 
Com a proximidade das férias escolares, a Polícia Civil de Bauru fecha o cerco para combater uma prática muito perigosa e que costuma aumentar nesse período: o cerol. Inclusive, na manhã de ontem, ocorreu a primeira prisão da história na cidade, de acordo com a polícia, por venda de linha com cortante.
Um casal de comerciantes foi pego em flagrante por equipes do Setor de Investigações Gerais, em seu estabelecimento de venda de pipas, na Vila Industrial. Inclusive, no momento da chegada dos policiais, o homem de 27 anos estava vendendo um carretel de linha chilena para uma criança.
No local, ele e a esposa, uma mulher de 31 anos, vendiam mistura para preparação de cerol, além de linhas chilenas. Proibidos de serem comercializados, esses itens oferecem risco a ciclistas, motociclistas e a população.
A polícia apreendeu, na loja, 57 carretéis de tamanhos e cores diversas com linha chilena e 42 embalagens com mistura de cola e vidro para preparação de cerol. "Essa linha chilena tem muita resistência, é altamente cortante e muito perigosa. Ela consegue cortar as viseiras de motociclistas. Isso sem contar o risco à vida que promove. Essas linhas foram compradas por R$ 9,00 e revendidas por R$ 50,00. Já o cerol era vendido a R$ 1,00", afirma o coordenador da Central de Polícia Judiciária (CPJ), Richard Serrano.
O uso de cerol ou da linha chilena é considerado crime penal capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Além disso, sua formulação pode conter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques.
De acordo com o delegado, a polícia chegou até o casal por meio de informações e monitoramento. Em depoimento na CPJ, ambos confessaram que tinham ciência de estarem vendendo produto ilegal e perigoso. Além disso, contaram que o produto não ficava exposto, mas escondidos em uma caixa no interior da loja.
O casal foi enquadrado em dois delitos: o de expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente, que tem pena de detenção de três meses a um ano; e pelo crime contra as relações de consumo, com pena de dois a cinco anos. "Somadas essas penas, já ultrapassa o limite de quatro anos, por isso é inafiançável e eles ficaram presos. Ainda passarão por audiência de custódia em que podem ser soltos", destaca o coordenador da CPJ.

Notícia Postada em 21/06/2018 às 11:32:51 por: Jornalismo Rádio Regência FM






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