Foto: Divulgação O fechamento do Ielar nesta quarta-feira, dia 29, fez lotar ainda mais os corredores da Santa Casa e do Hospital de Base. Na Santa Casa a estimativa é que o número de pacientes tenha aumentado de 10% a 12%. José Carlos Oliveira de Sousa, aposentado de 57 anos, estava no corredor do HB para tratar um problema na fístula da hemodiálise. Ele conta que aumentou o número de gente na espera por um quarto. “Muito mais macas, eu nunca vi esse movimento, já frequento aqui há uns dois anos”, afirma.
Ilma Correa da Silva, empregada doméstica de 40 anos, acompanha o marido, Antônio Arruda, pedreiro de 69 anos, após ele ter caído de um telhado. Desde a noite de terça-feira, 28, aguardam sem saber quando será a cirurgia. Era para ter sido encaminhado à Santa Casa, mas foi para o HB por causa da lotação. “Ficou no corredor. É um descaso mesmo, você cansa de dormir nas cadeiras, é difícil”, fala Ilma, emocionada. Ela também aguardava por exames no Ielar, como mamografia, que não sabe quando vai fazer.
Na Santa Casa, o aposentado Mário Siqueira Costa, 74 anos, e a mulher, Celia, 51, esperaram pelo menos uma hora na emergência. Ele estava com dor na hérnia. “(Hoje) está demorando mais”, diz ela. O idoso espera uma cirurgia para resolver o problema. Leandro Cardoso trabalha com peças automotivas e tem 36 anos. Na segunda-feira teve o início de um derrame e desde então ele e a mulher, Edvalda, 45 anos, se apertam nos corredores da Santa Casa. O fluxo de gente, segundo o casal, não para.
“De agora para frente lota mais ainda, não tem vaga nos quartos. Está parecendo um campo de guerra. Você imagina como vai ficar a situação”, afirma ela. Eles acham o atendimento bom e contam que os funcionários não param de trabalhar, mas Leandro relata que um pedido, como tirar o remédio da veia, demora para ser atendido por causa da superlotação.
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