Foto: Divulgação O laboratório da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Departamento de Água e Esgoto (DAE) foi aprovado em auditoria interna realizada por empresa ligada ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Agora, a autarquia depende apenas de trâmites burocráticos para alcançar a acreditação (credenciamento) na norma NBR ISO/IEC 17025, uma espécie de selo de qualidade que estabelece um padrão internacional e único para atestar a competência dos laboratórios para realizar a análise da água consumida por todos os moradores,
Segundo o químico da ETA José Brazoloto, são feitos acompanhamentos do processo de tratamento do líquido, análises físico-químicas e bacteriológicas, conforme a Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde, que estabelece o controle da água produzida e distribuída para o consumo humano.
O texto, inclusive, estipulou prazo para que os laboratórios se adequassem aos mais de 100 parâmetros estipulados por especialistas do Inmetro, como cor aparente, turbidez, fluoretos, pH, cloro residual livre, bactérias heterotróficas, amostragem, entre outros. Mensalmente, são realizadas cerca de 690 análises incluindo a água da ETA, dos poços e do Distrito de Tibiriçá. As amostras são coletadas dos cavaletes de residências, hospitais, postos de saúde e escolas e encaminhadas à Vigilância Ambiental.
Para ser aprovado no processo, o DAE investiu, nos últimos três anos, cerca de R$ 200 mil na aquisição de equipamentos, instrumentos e vidrarias acreditados pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) e materiais de referência acompanhados de certificado.
A autarquia ainda proporcionou a qualificação dos servidores, disponibilizando cursos referentes a procedimentos técnicos, cartas de controle de exatidão e precisão, cálculo de incerteza e documentos essenciais para o processo de acreditação junto ao Inmetro.
Qualidade da Água
Levantamento em âmbito nacional realizado em 2011 apontou que Bauru está no ranking dos cinco municípios do Estado com a melhor qualidade de água para consumo humano.
Na lista, a cidade aparecia em quinto lugar, empatada com Franca (índice de 98,5%). José Brazoloto garante que o quadro permanece o mesmo e cita dois exemplos. "O resultado médio do flúor deve variar entre 0,6 e 0,8 miligramas por litro e o de Bauru apresenta 0,71. Já o ideal de variação do Ph é de 6,0 a 9,5 e o nosso é de 8,01", detalha.
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