Foto: Divulgação Nesta segunda-feira, 28, a Usina Renuka entrou com o pedido de Recuperação Judicial na Justiça. A notícia foi confirmada por fontes ligadas a empresa.
A preocupação é que caso a empresa não consiga se recuperar, o pedido de falência pode ser o próximo passo. A usina tem uma dívida milionária, deixando inclusive de pagar proprietários de terras e fornecedores da região.
Outra notícia ruim é que a maior gestora de ativos alternativos do Canadá, a Brookfield Asset Management, que estava em negociações avançadas para comprar a Renuka do Brasil, assumindo dívidas de R$ 1,5 bilhão (US$ 490 milhões), decidiu encerrar as negociações temporariamente devido a instabilidade política do Brasil e a alta do dólar.
A Brookfield assumiria a dívida e negociaria com os credores da Renuka o pagamento dos débitos, disseram duas fontes, que pediram para não serem identificadas, já que as discussões não são públicas.
Com sede em Promissão (SP), a Renuka do Brasil é controlada pelo grupo indiano Shree Renuka Sugars Ltd, que detém uma participação de 50,3% do negócio, enquanto o acionista brasileiro Equivap, detém o restante das ações. As duas usinas, a Madhu (matriz) e a Revati, possuem capacidade para processar 10 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
A notícia da negociação com a gestora de ativos canadense ocorre meses depois de a sucroalcooleira anunciar que buscava um aporte de R$ 250 milhões junto a acionistas.
Com um prejuízo acumulado em R$ 868,4 milhões nas últimas quatro safras, de 2010/11 a 2013/14, a subsidiária brasileira, que opera duas usinas no Estado de São Paulo, Madhu e Revati, tem enfrentando dificuldades para renegociar a dívida, estimada em R$ 1,5 bilhão.
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